Durante a execução das obras de implantação da Sistema de Esgotamento Sanitário (SES) Saco Grande, no bairro João Paulo, em Florianópolis, o Grupo Avistar Engenharia, em parceria com a CASAN (Companhia Catarinense de Águas e Saneamento) tem desenvolvido um conjunto de ações voltadas à proteção do patrimônio arqueológico e cultural da região.
Essas ações fazem parte do programa de Salvamento Arqueológico, instituído em razão do histórico de ocupação do bairro João Paulo por povos originários antigos. Entre elas, destacam-se os povos sambaquieiros, que habitaram o litoral catarinense entre 8 mil e 2 mil anos atrás, e os imigrantes açorianos, responsáveis pela instalação das primeiras colônias de pesca na Ilha de Santa Catarina.
Os vestígios arqueológicos deixados por esses grupos representam uma importante fonte de conhecimento sobre o modo de vida, a organização social e as tecnologias utilizadas em diferentes períodos históricos. A preservação dessas informações contribui diretamente para a valorização da memória e da identidade local.
Em etapas anteriores do trabalho, foi realizado um levantamento arqueológico detalhado da área de influência da obra. Atualmente, a equipe do Grupo Avistar Engenharia acompanha as intervenções de subsuperfície, garantindo que eventuais estruturas ou artefatos encontrados sejam identificados e preservados antes da continuidade das atividades de construção.
“Nosso papel é assegurar que o avanço da obra ocorra de forma responsável, sem comprometer o patrimônio arqueológico existente”, explica o arqueólogo coordenador do projeto, Fábio Israel Vieira de Campos.
A oficina de educação patrimonial, realizada no rancho de pescadores - Rancho do Di - pela base de apoio do Grupo Avistar Engenharia em Florianópolis, integra esse conjunto de ações. A atividade busca aproximar a equipe envolvida nas obras à importância histórica do território onde atuam, reforçando a compreensão de que a engenharia e a arqueologia podem caminhar juntas na construção de um desenvolvimento mais atento à história e à cultura locais.
O programa de Salvamento Arqueológico segue as diretrizes do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e permanece ativo durante todo o período de implantação do empreendimento.